Dentro de uma mesma empresa, é natural que cada time ou setor desenvolva sua própria forma de trabalhar, se comunicar e se organizar. Esses jeitos diferentes são conhecidos como microculturas.
Por exemplo: o time comercial costuma ser mais dinâmico e voltado para metas, enquanto o time de criação pode valorizar mais a liberdade e a inovação. Já a equipe financeira tende a ser mais analítica e focada em processos.
Essas microculturas não são um problema — pelo contrário, elas podem ser uma força. Elas permitem que cada área se adapte melhor ao tipo de trabalho que realiza. O desafio está em recrutar pessoas que se encaixem em cada microcultura sem perder a identidade geral da empresa.
Como o RH pode equilibrar isso?
- Tenha clareza sobre a cultura organizacional geral
Antes de olhar para as microculturas, o RH precisa ter bem definido quais são os valores e princípios que unem toda a empresa. Isso garante que, independentemente do time, todos caminhem na mesma direção. - Entenda o perfil de cada time
Cada área tem suas características. O RH deve conhecer como esses times trabalham, qual é o estilo de liderança e o que eles valorizam no dia a dia. Assim, o processo seletivo pode considerar não só as competências técnicas, mas também o alinhamento com a forma de trabalho da equipe. - Busque diversidade sem perder identidade
Recrutar para diferentes microculturas não significa criar “ilhas” isoladas dentro da empresa. O ponto central é que todos compartilhem os valores principais da organização, mesmo que expressem isso de jeitos diferentes no dia a dia. - Promova integração entre os times
Além de recrutar, o RH pode investir em momentos de troca entre áreas — workshops, treinamentos e eventos internos ajudam a reforçar a unidade, mesmo com estilos de trabalho distintos.
Conclusão
As microculturas são naturais e até necessárias para que cada setor funcione bem. O papel do RH é atuar como um elo de ligação, garantindo que cada contratação respeite a identidade de cada time sem perder de vista a cultura maior que une todos os colaboradores.
No fim, é esse equilíbrio que cria equipes mais fortes, alinhadas e prontas para crescer juntas.
