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Quiet Quitting e Recrutamento: O Que a Desmotivação Ensina Sobre Contratar Certo

Nos últimos anos, um termo ganhou espaço nas conversas sobre gestão de pessoas: Quiet Quitting — quando o colaborador faz apenas o mínimo necessário, sem engajamento, sem iniciativa e sem conexão real com o trabalho.
Embora muitos tratem o tema como um problema de performance, a raiz do Quiet Quitting costuma estar muito antes: no processo de recrutamento.

A desmotivação silenciosa não é apenas um comportamento individual; ela é um sinal de alerta sobre falhas estratégicas na atração, seleção e integração de talentos. Entender isso é essencial para qualquer empresa que deseja contratar bem, reter e construir times realmente produtivos.

  1. Quiet Quitting não nasce do nada — nasce da falta de alinhamento

Quando uma pessoa aceita uma vaga que não corresponde à sua expectativa, ao seu perfil ou ao seu propósito, o entusiasmo dura pouco.
Isso significa que o Quiet Quitting, muitas vezes, é consequência de:

descrição de vaga genérica ou mal explicada;

cultura da empresa não apresentada com clareza;

expectativas pouco transparentes;

avaliação superficial na seleção.

Contratar “no susto” gera desalinhamento. E desalinhamento gera desmotivação.

  1. O comportamento desmotivado revela erros silenciosos do processo seletivo

Cada colaborador que entra e logo se desengaja é um indicador de que algo precisa ser revisto.
O Quiet Quitting revela:

falha em identificar o fit comportamental;

excesso de foco técnico e pouco foco humano;

entrevistas pouco estruturadas;

pressa para preencher a vaga sem validar o que realmente importa.

Ou seja: não é um problema só do colaborador — é do processo.

  1. A cultura é mais forte que qualquer técnica

Um candidato tecnicamente perfeito pode se tornar um colaborador frustrado se não se encaixar na cultura.
Por isso, empresas que evitam o Quiet Quitting fazem o oposto:

comunicam valores e rotinas desde o início;

mostram como é a realidade do dia a dia;

não vendem uma experiência diferente da que entregam.

Quanto mais transparente o processo, menor o risco de desengajamento no futuro.

  1. Selecionar com profundidade reduz o risco de desmotivação silenciosa

Quiet Quitting não é preguiça — é desconexão.
E a desconexão pode ser prevista quando o recrutamento é estratégico.

Boas práticas incluem:

entrevistas estruturadas e com foco comportamental;

análise do histórico e padrões do candidato;

estudo da motivação real da pessoa para a vaga;

testes práticos que simulem o dia a dia.

Quanto mais completo o processo, melhor a qualidade da contratação.

  1. Onboarding eficiente evita que o engajamento morra nos primeiros meses

Mesmo quando o processo seletivo é bem-feito, um onboarding fraco pode gerar Quiet Quitting.
O início determina como será a jornada do colaborador.

Um bom onboarding:

orienta, acolhe e integra;

mostra o propósito da função;

ajuda o novo colaborador a entender como seu trabalho gera impacto.

Pessoas bem direcionadas tendem a se engajar mais — e por mais tempo.

  1. Conclusão: Quiet Quitting é um diagnóstico, não um problema isolado

Empresas que investigam os motivos por trás da desmotivação silenciosa descobrem que:

👉 Quiet Quitting é consequência, não causa.
👉 E quase sempre, a consequência começa no recrutamento.

Por isso, contratar certo deixou de ser apenas uma necessidade operacional e passou a ser uma estratégia de retenção, cultura e crescimento sustentável.

Quando a empresa seleciona com alinhamento, clareza e profundidade, ela reduz drasticamente o risco de funcionários desmotivados — e aumenta a chance de construir equipes comprometidas, produtivas e preparadas para crescer junto.

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