O mundo do trabalho nunca evoluiu tão rápido. Novas tecnologias, transformações culturais e mudanças nas formas de consumo estão criando profissões que, há poucos anos, sequer existiam. Funções como especialista em ESG, analista de experiência do cliente, cientista de dados, gerente de diversidade e inclusão, ou estrategista de IA tornaram-se realidade — e com elas surgiu um grande desafio para o RH: como recrutar para cargos que ainda estão em construção?
O desafio de contratar para o novo
Em profissões emergentes, não há referências anteriores. Não existe uma descrição de cargo tradicional, nem um histórico de profissionais semelhantes para usar como base. Isso faz com que o processo seletivo se torne muito mais estratégico e investigativo, exigindo do recrutador uma atuação consultiva.
Selecionar para esses cargos significa procurar talentos em meio à incerteza. É preciso compreender o que realmente importa para aquela função — não apenas o que está descrito no título do cargo, mas o propósito do papel dentro da organização. Em muitos casos, o próprio recrutador precisa ajudar a empresa a desenhar o perfil do profissional ideal, já que o cargo está nascendo junto com o processo seletivo.
Competências transferíveis e mentalidade de crescimento
Quando não há experiência direta disponível, o olhar deve se voltar para competências transferíveis — habilidades e atitudes que podem ser aplicadas em diferentes contextos e que indicam potencial de aprendizado e adaptabilidade.
Algumas dessas competências são fundamentais em profissões emergentes:
- Curiosidade e pensamento crítico: capacidade de aprender rapidamente e questionar o status quo.
 - Flexibilidade cognitiva: lidar bem com mudanças e incertezas.
 - Comunicação e colaboração: saber construir pontes entre áreas e traduzir temas complexos.
 - Mentalidade digital: familiaridade com tecnologias e dados, mesmo que não de forma técnica.
 - Aprendizado contínuo: disposição para atualizar-se constantemente.
 
Mais do que um histórico perfeito, o que diferencia esses profissionais é a disposição para crescer junto com a função.
O papel do recrutador como parceiro estratégico
Nessas situações, o recrutador precisa deixar de ser apenas um executor de vagas e se tornar um parceiro estratégico do negócio. Isso envolve dialogar com as lideranças para entender as novas demandas, compreender o impacto daquela função na estratégia organizacional e ajudar a traduzir essa visão em critérios objetivos de seleção.
A clareza sobre o que se espera do novo cargo é essencial. E, quando ela ainda não existe totalmente, o recrutador deve atuar como facilitador desse entendimento, estimulando conversas, propondo perfis e sugerindo caminhos.
Essa postura consultiva fortalece o papel do RH como agente de transformação, especialmente num mercado que exige soluções cada vez mais criativas e adaptáveis.
Quando a cultura fala mais alto que o currículo
Em cargos nascedouros, é comum que os profissionais não tenham todo o conjunto técnico esperado. Por isso, o alinhamento cultural e de valores se torna um dos critérios mais importantes de seleção.
A pergunta central deixa de ser “ele já fez isso antes?” e passa a ser “ele acredita no mesmo propósito que a empresa e tem energia para construir o novo?”.
Esse encaixe cultural é o que sustenta o crescimento conjunto — tanto do profissional quanto da organização.
O futuro pede coragem e visão
Recrutar para profissões emergentes é, no fundo, um exercício de visão de futuro. É enxergar potencial antes que ele se torne óbvio. É apostar em quem ainda está se formando como especialista de algo que ainda está sendo criado.
Por isso, as empresas que conseguem desenvolver uma mentalidade de recrutamento baseada em potencial, e não apenas em experiência passada, estarão mais preparadas para liderar as transformações do amanhã.
💡 Em resumo:
Selecionar para cargos nascedouros é construir o futuro do trabalho em tempo real. É unir estratégia, sensibilidade e ousadia para identificar talentos que crescem junto com o novo.
🚀 Na GC Talentos, acreditamos que cada processo seletivo é uma oportunidade de inovação.
Se sua empresa está criando novas posições e precisa encontrar profissionais com o perfil certo para esse futuro em construção, fale com a gente.
Vamos ajudar você a conectar talento, propósito e potencial — mesmo quando o cargo ainda não tem nome definido.


